I
Quando uma leitura acaba morro junto.
Ler me é como nascer e morrer. As primeiras páginas são a tediosa gestação, cada personagem surgindo é um membro crescendo. Não conhecer a história é minha placenta nublando a visão; com cada início de trama chegando me torturam as contrações, uma a uma, intervalo a intervalo, sua força tornando-se maior.
Então nasço. Vivo as páginas escritas. E tal como no tão familiar ciclo, morro com as últimas palavras.
No próximo renasço...
Incompleta.
II
Eu vi a semelhança. O que me torna exatamente igual a eles. Vejo-a tão nitidamente agora que a creio quase tocável. Sua abstração não vinha. Tão concreta era que fugia dos limites da idéia. Se comparassem os aspectos me classificariam um deles e acorrentar-me-iam nas páginas de um imortal.
III
Basta papel para fugir a inspiração.
IV
A impossibilidade de te ter.
O que seria de minha’lma se a impossibilidade de te ter fosse impossível?
Lary Guilardi
3 coments:
Lary, acho que o enem te inspirou, viu?
O seu texto está bem filosofico...
Adorei
hehe
Lary e seus textos sempre inspirados. =D
Bjos, Rick!!!
Ler é como nascer e morrer. Ótimo. Nunca tinha pensado assim, mas faz todo sentindo. Adorei.
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