hey people,
só pra agradecer os comentários dos posts anteriores; é bom saber que o que fazemos agrada xD
Aqui vai mais um texto que soa um tanto quanto melancólico e é um tantinho velho o querido, mas ainda expressa a mesma impressão que tenho do mundo, vida e etc; só que com um porém, hoje em dia vejo tudo bem mais colorido - a mesma imagem, só que pintada ^^'. sem motivo nenhum, é óbvio. mas o que seria de tudo se a gente não mudasse desregradamente sem saber a razão?

Enfim, não deixem de comentar, criticar, apoioar, discordar, filosofar e etc.


A Espera.

Meu mundo se resume a uma grande espera. A descobri ao acordar.
Minha espera magnificante, marcante, marcada... Minha. Foi-me entrege pelo não celeste destino.
ou por sua falsa existência. Um possível acaso pode ser pensado. Mas, era minha. Escrita nas linhas do futuro já dito, ou jogado ao vento pela coincidencia calada... era minha.
A ação contidiana de torná-la real, era cada vez mais enfadonha.
Não havia esforço. Ela se auto-tutelava.
Minha, querida minha, deitava-se e...
esperava.
Uma transitividade passageira. Intransgressível em minha alma.
Talvez me canse de seus pertubadores sussurros, e vá abandaná-la na esquina próxima. Seguir então no cruzamento, passar pelos trilhos parados e fugir para onde não me é impresso.
Essa bendita espera tortura-me.
Sento-me em frentre a janela.
No confortável sofá e seu couro roído - viver é virar couro de sofá velho, morrer é declarar fim do estofamento.
A janela abre-se, o vento corre. Toca-me. Corre. Correm. Vivem.
Eu ainda espero.

Laryssa Guilardi

ninho de flashes



“Somos pássaros novos longe do ninho”
– um dia.

Digníssimos leitores de minha lamacenta e esquecida terra de sapos,
Quanta mentira hoje em dia né? Um tanto away o assunto, eu sei. Mas, ainda assim, quanta mentira há hoje em dia. A superficialidade de tudo me assusta. A minha superficialidade me assusta - me apavora.

Como escrevi certa vez:

“não sentimos
não vemos
não somos”

Sei um pouco de tudo e de tudo um pouco, mas nunca sei. Gosto de muitos, mas não amo nem um pouco. A piada me é sempre momentaneamente engraçada, tudo me é momentâneo. Esqueçam as metáforas: a vida como um trem, um barco, um sonho, uma peça sem roteiro, uma ópera de apresentação única... podem funcionar no papel, funcionar na alma lírica; mas a realidade é dura como a rocha, viver é muito mais simples e ingrato do que todos figuram.

Tudo é resultado de química, de processos metabólicos e sinapses; somos todos feitos de sensações. E sensações não duram, não são profundas e nem acopladas de inúmeros adjetivos; são apenas flashes.

Certo, além de mim, ninguém entendeu nada. Ainda hei de escrever mais detalhadamente e mais explicitamente sobre o que penso de fato. Mas, tenho que seguir o tracejado que me deram; uma resenha me espera e a vida continua – rocha.

“Eles passarão, eu passarinho...”
– ou não.



Aqui vai um trecho de algo que escrevi quando presenciei um suicídio - pode até estar exagerado, mas na hora em que escrevi ... bom, digamos que eu estava em estado de choque.

"Finjamos ser pássaros. Finjamos voar. Finjamos haver na porta o escrito "escape". E voemos. E voaram. E voou. E tomou armas contra um mar de calamidades, como o príncipe shakesperiano desejara, pondo-lhes fim resistindo.

Somos menos. Nasceu mais um. Ainda somos menos. Dentro. No fundo. Somos menos.

Àquele que deu seu ultimo suspiro como pássaro ferido."

Melodia

Sou cigarra
Cigarra soul

Não canto em Mi-m
minha clave é Só-l
Meu exo
fugiu esqueleto
- é alma –
Minha pele,
grotesca menina,
é a mesma
- in pura -
Não troco,
não cresço
-prendi-me enfim-
Não grito,
sussurro
Não chamo,
solfejo
Não há clamada tônica,
revelo-me sensível.

Cigarra soul
Sou cigarra
Não canto em Mi-m
Minha clave é Só-l
Caminho em Ré

Laryssa Guilardi

Parto

O que esperar quando não se está esperando?
quando os meses, os nove, são anos não planejados?
quando natal se resume a um dia
[sem pré nem pós?

O que fazer se o médico ainda estapeia na espera do choro?
se o cordão ainda está ligado
[e intacto?
se o engatinhar não cresceu passos nem corrida?

O que dizer se minhas palavras
[são sílabas
e seus sentidos
[são monos?

O que viver se ainda sou recém
- nascido
crescido
perdido?
se me vou a ninar
soluçando a dúvida:

se o parto foi luz
ou se parto
[no escuro?

Lary Guilardi

. Porque em terra de sapos parkour já era moda há muito tempo...

Minha terra

Terra de Sapos. Literalmente. Não aqueles que viram príncipes, mas, aqueles que são sempre sapos, e em ser sapos são completamente.

É o que me importa. Não se somos sapos, mas se somos por inteiro.

Transcrevo então minha terra de sapos; meus sapos e seus concursos, meus sapos e suas filas, meus sapos e seus editais, meus sapos e seus amores.

[e que venha o modismo útil e satisfatório de escrever]

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