Soldado distrital...

Meu voto é arma bélica.
Não voto em candidato x. Voto contra candidato y.
Voto para aniquilar. Para derrubar.
Para tirar do poder quem me tira do sério.

Meu voto não é agente secreto.
Ele grita, se rebela, escandaliza.
É assassino que prefere ser pego
a quatro anos de sentença, culpado de mudez.

Não acredito em horário eleitoral e suas guerras frias.
Meu voto é focado no calor da batalha, nas cabeças rolando
- cabeças, contas na Suíça, malas e fundos falsos –;
quero feridas jorrando sangue e meus impostos pelas ruas.

Sei que sou soldado anônimo.
Mas não sou um soldado só.
A população ‘canário’ logo se arma
E o perímetro do quadrado delineia toda a legião
- a coragem urbana é concreta por natureza,
não tem curva, é direta, angular e fere;
não tem essa de te vejo na esquina, o combate é frente a frente.

E se, por fim, o batalhão de políticos tiver baixa total
declararei meu voto veterano
- a aposentadoria pacífica lhe renderá o direito de escolha.
Mas, por hora, carrego meu título
- a munição é minha cola
a urna é a mira –
e me preparo para a aniquilação.
E que trema o Buriti,
o seu futuro é incerto.
Hasta la vista, baby
- headshot.

Prada pra que?

Achei esse no fundo das pastas aqui no pc... do tempo da roubalheira em Brasília - ops... de agora? Oo?


Bolsa Pra Que Te Quero

Bolsas pra que te quero
se tenho as meias?
Se a cueca é GG?
Se o paletó tem fundo falso?
Bolsa pra que te quero
se o dinheiro do trabalhador
fica melhor entre roupa e pele?

E o mundo é um grande açougue...

Então... Havia uma promoção. Havia uma mãe - fanática por promoções. Havia uma filha sem muita coisa útil na cabeça. Havia uma pergunta: Como é o seu churrasco perfeito?
Houve essa resposta:


"Meu churrasco perfeito é como a vida. Não tenho vergonha de falar, minha vida é SIM um churrascão. Meu churrasco vida, ou minha vida churrasco, é igual àquele de dia de domingo - que não é dia de feira, mas dia de farra. Onde a gente faz uma farofada gostosa e interessante de amigos, filhos, mães, conhecidos e desconhecidos - o bom humor da novidade nunca pode faltar.

É um mexidão só: um pai alcatra, aquele tio maminha, o primo filé, a vó pão com alho, o chefe pão duro, não falta nada, a exigência é serviço completo.

Vai e vem as peças, mas é a picanha que todos esperam: gordura na medida, muita carne e a conhecida cor do pecado, que só o calor no ponto pode dar - isso é peça de açougue ou o vizinho?

E é na levada do pagode que as gargalhadas se encaixam no compasso com dança pra lá, passos pra cá, fusas ali; o ritmo se revelando o tempero.

Só que tal como na vida, sempre chega a hora de bater em retirada... mas a gente pede aquela cerveja - a loira não falsa -, e como todo bom brasileiro deixa pra semana que vem. Pois despedida é como a saideira, nunca é pra valer."




ps: não que goste de cerveja, nem de pagode e nem do vizinho. eu sou apenas "uma fingidora, que finge tão completamente, que chega a fingir..." quem entendeu entendeu.

Querer...

Não sou do tipo de pessoa
que sabe o que quer
Sou do tipo que sabe exatamente o que não quer.

Sei que não quero me ater a quases
- só aceito a vida por completo -
Não quero uma 'vida pública'
o individualismo coletivo
- sem repartições e estabilidade -
é o meu concurso favorito.

Meu caminho ainda se faz torto
cheio de curvas e todo nublado
A neblina parece eterna
e a visão nunca ajuda

Mas, sei que evito atalhos
não quero o que é fácil
sem mérito
- não quero cair sem batalha.

Não sei o que quero
mas não quero o que sei
- viver me é um eterno desconhecimento

. Porque em terra de sapos parkour já era moda há muito tempo...

Minha terra

Terra de Sapos. Literalmente. Não aqueles que viram príncipes, mas, aqueles que são sempre sapos, e em ser sapos são completamente.

É o que me importa. Não se somos sapos, mas se somos por inteiro.

Transcrevo então minha terra de sapos; meus sapos e seus concursos, meus sapos e suas filas, meus sapos e seus editais, meus sapos e seus amores.

[e que venha o modismo útil e satisfatório de escrever]

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