o simples me conquista. totalmente.
há dias em que tudo dá errado, mas um detalhe, uma cena boba, um gestinho quase significativo, muda tudo.
semana passada decididamente não foi uma das minhas preferidas, os dias passaram lentamente, as horas nas coisas aborrecidas decididamente pararam - os ponteiros sempre se recusam a correr quando a chateação é eminente. mas umas imagenzinhas cruas - belas por natureza, sem maquiagem, roteiro ou direção -, amenizaram tudo. parei na faixa de pedestre, e lá estavam, passando com uma vagareza de película preto e branco - filme antigo me dá impressão de slow motion, o mundo para, devagar, e eu divago-, um casal com os cabelos mais branquinhos que já vi, curvados, mãos dadas, rindo... era de uma beleza tão delicada, tão difícil de acreditar. nenhuma confusão noturna rotineira quebrou esse momento, dormi feliz. houve também um aluno que me deu de presente um agradecimento pela ajuda nas aulas e um abraço definitivamente fofo - vindo do pré-adolescente tímido tenho certeza que valeu muito mais que qualquer maçã comprada no mercado. houve risadas e torta da madrugada. houve tantos detalhes que o borro gandão perdeu seu lugar como centro. então crio agora a luta pelo direito dos pequenos, dos sorrisos escondidos, olhares certeiros, desviados, incertos, brincalhões, gentilezas, velhices, jovens, pelas coisinhas da vida que deixamos de lado, mas que de agora em diante faço questão de deixar em caps lock... minimizarei o resto, os considero pop ups.

Só é preciso um banco, o térreo de um bloco qualquer, o lado do passageiro, um muro para encostar; a simplicidade é um encanto a parte.


. Porque em terra de sapos parkour já era moda há muito tempo...

Minha terra

Terra de Sapos. Literalmente. Não aqueles que viram príncipes, mas, aqueles que são sempre sapos, e em ser sapos são completamente.

É o que me importa. Não se somos sapos, mas se somos por inteiro.

Transcrevo então minha terra de sapos; meus sapos e seus concursos, meus sapos e suas filas, meus sapos e seus editais, meus sapos e seus amores.

[e que venha o modismo útil e satisfatório de escrever]

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