Sempre tive medo. nasceu novo ano e decidi esquecê-lo. meti metas na vida. nas metas há sempre aquela pontada de desafio. todas para vencê-lo. round 1: lary versus medo.

mas sou medonhamente medrosa. amedrontada pelo medo de não temer. e temo pelo medo que meço e descarto. não descarto. guardo, embrulho no papel de presente envelhecido e deixo no fundo da gaveta - como diria o velho ditado "quem guarda sempre tem". é preciso estoque para horas de emergências.

ou, talvez, o deixarei para o mundo dramático das letras, rimas, compassos, colcheias, coxias, telas cinematográficas. tal como livros, músicas, filmes, artes em geral são os únicos que me sensibilizam e me levam as lágrimas, devem ser estes também os poucos que me tremem os joelhos. na vida real não me permitem temer. o mundo é dos fortes e minha fragilidade deve ser apenas ilusória e fictícia.
enfim, podem desligar a luz. it's not fear of the dark. it's just fear itself.