Não há segredo
Éramos todos casas de luz em pleno apagão.
Nosso mistério revelado
não há mais profundidade
racionaremos a essência
- eterna desperdiçada -
Já não me há mais um poeta
- vive-me consolador -
de seu lápis escorreu desgoto,
suas folhas voaram úmidas
- fugido perdeu-se o lirismo -,
a fórmula tão perfeita
disfarçou todo o cansaço
E as usinas massocéticas
ligaram-se inteiramente
- as correntezas igualadas -
cederam ao mundo estático

Somos todos casas de luz
.em plena enganação.